Projeto LIFE+ "Conservação de Charcos Temporários na Costa Sudoeste de Portugal", cujo acrónimo é LIFE Charcos, coordenado pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN), visa a conservação de um habitat prioritário, os Charcos Temporários Mediterrânicos (habitat prioritário 3170* da Diretiva Habitats), que se encontra cada vez mais ameaçado devido à sua fragilidade ecológica e desconhecimento do seu valor natural. O Projeto LIFE Charcos será implementado no Sítio de Interesse Comunitário (SIC) da Costa Sudoeste da Rede Natura 2000 (parcialmente coincidente com o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina).
Página: http://lifecharcos.lpn.pt
A Comissão Europeia aprovou o projeto LIFE+ "Conservação de Charcos Temporários na Costa Sudoeste de Portugal", cujo acrónimo é LIFE Charcos, coordenado pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e que conta com a parceria de diversas instituições públicas e privadas, designadamente a Universidade de Évora (UÉvora), a Universidade do Algarve (UAlg), o Centro de Ciências do Mar (CCMAR), a Câmara Municipal de Odemira (CMO) e a Associação de Beneficiários do Mira (ABM).
A Comissão Europeia aprovou este ano 248 projetos através do programa LIFE+ (das 1159 candidaturas recebidas dos 27 Estados-Membros), o instrumento financeiro da União Europeia para o Ambiente. Destes, 7 projetos decorrerão em Portugal (5 projetos LIFE+ Natureza, 1 LIFE+ Biodiversidade e 1 LIFE+ Política e Governação Ambiental).
O projeto LIFE Charcos visa a conservação de um habitat prioritário, os Charcos Temporários Mediterrânicos (habitat prioritário 3170* da Diretiva Habitats), que se encontra cada vez mais ameaçado devido à sua fragilidade ecológica e desconhecimento do seu valor natural. As formas de gestão do território, nomeadamente a intensificação da agricultura industrializada, constituem um dos principais e mais recentes fatores de declínio deste habitat.
A singularidade deste habitat está associada à diversidade e peculiaridade de organismos que alberga (ver detalhe no Anexo 1). A flora e fauna associada são muito específicas e adaptadas à alternância de condições extremas de encharcamento ou secura, de acordo com a altura do ano, pois os charcos temporários são zonas húmidas em que a permanência da água depende da precipitação anual e das condições hidrogeológicas locais.
Algumas das espécies de fauna que aqui ocorrem, nomeadamente alguns crustáceos de água doce, são endemismos com uma área de distribuição muito reduzida. Um exemplo muito interessante é o Triops vicentinus, que é considerado um fóssil vivo, pois persiste desde os tempos em que surgiram os dinossauros e só existe na Costa Vicentina. Os charcos representam ainda um habitat essencial para a reprodução de anfíbios, sendo este o único habitat de água doce no qual se encontram quase todas as espécies de anfíbios que ocorrem na região.
O Projeto LIFE Charcos será implementado no Sítio de Interesse Comunitário (SIC) da Costa Sudoeste da Rede Natura 2000 (parcialmente coincidente com o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina), mais propriamente nas charnecas do Concelho de Odemira e planalto de Vila do Bispo, por aí se encontrarem alguns dos principais núcleos de charcos temporários a nível nacional.
As atividades previstas são muito diversificadas, destacando-se:
Espera-se, portanto, que com este projeto se reduza drasticamente a a tendência de declínio dos Charcos Temporários que se tem verificado até agora (estimada em 52% nos últimos 10 anos, apenas para o concelho de Odemira) e que se consigam recuperar charcos em estado de conservação desfavorável.
Este projeto é financiado a 75% pelo Programa LIFE-Natureza da Comissão Europeia, tendo um orçamento global de cerca de 2milhõesde euros. O projeto LIFE Charcos terá a duração de, sensivelmente, 4,5 anos, entre Julho de 2013 e Dezembro de 2017.
A Costa Sudoeste portuguesa alberga um património natural extraordinário, que inclui os charcos temporários e a flora e fauna associados, e que pode ser aproveitado para potenciar o desenvolvimento local sustentável, nomeadamente a atividade turística sustentável. Este projeto representa também um importante contributo para a implementação da Rede Natura 2000 (Rede Europeia de Espaços Naturais) e para a estratégia Europeia de parar a perda de biodiversidade na Europa até 2020.
Coordenado pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e que conta com a parceria de diversas instituições públicas e privadas, designadamente a Universidade de Évora (UÉvora), a Universidade do Algarve (UAlg), o Centro de Ciências do Mar (CCMAR), a Câmara Municipal de Odemira (CMO) e a Associação de Beneficiários do Mira (ABM).
Se deseja receber informação atualizada sobre a LPN, por favor insira o seu email:
© 2018 Liga para a Protecção da Natureza.
Powered by bluesoft.pt