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A conservação das aves estepárias é uma das prioridades da LPN – Liga para a Proteção da Natureza.

A conservação das aves estepárias é uma das prioridades da LPN – Liga para a Proteção da Natureza. O Peneireiro-das-torres ou Francelho (Falco naumanni) é uma das espécies que mais se destaca deste grupo de aves, pelo seu estatuto de ameaça.
Recentemente, a LPN candidatou o Projeto “Dê uma nova casa ao Peneireiro-das-torres” à iniciativa promovida pela European Outdoor Conservation Association (EOCA) para projetos com ações de conservação da natureza oriundos de todo o Globo.

 

Após o crivo de seleção inicial, os melhores projetos são colocados a votação, para o público escolher aquele que considera ser o melhor em cada categoria (Natureza, Ar Livre e Montanha).

 

O Projeto da LPN “Dê uma nova casa ao Peneireiro-das-torres”

O Peneireiro-das-torres (Falco naumanni) foi, no início do século XX, uma espécie muito comum em Portugal mas a sua população diminuiu drasticamente nos anos 90, tendo sido contabilizados apenas 150 casais.

 

Atualmente, este pequeno falcão migratório nidifica maioritariamente em antigos montes alentejanos, construídos tradicionalmente com “taipa”, que estão a ser progressivamente abandonados e se encontram em risco de ruína. Como consequência da deterioração destas estruturas, as colónias de Peneireiro-das-torres tendem a desaparecer. Assim sendo, aumentar a disponibilidade de locais de nidificação em áreas com habitat de alimentação favorável irá diminuir substancialmente esta ameaça e contribuir para restabelecer a população portuguesa deste emblemático falcão.

 

A construção de novas estruturas específicas para a nidificação do Peneireiro-das-torres semelhantes às casas tradicionais, e que funcionam como “condomínios” especiais para este falcão, irá contribuir grandemente para a recuperação da população nacional desta espécie.
Este novo projeto visa, assim, providenciar cerca de 140 novos ninhos para o Peneireiro-das-torres, através da construção de duas torres de nidificação na região do Campo Branco (Zonas de Proteção Especial de Castro Verde e do Vale do Guadiana), no Baixo Alentejo. 

 

Uma das novas estruturas será construída próximo da maior colónia portuguesa, que se tem deteriorado rapidamente nos últimos anos, e providenciará um local alternativo para os casais que se reproduzem nesta colónia. A outra estrutura será construída numa área com habitat adequado para o Peneireiro-das-torres mas com reduzido número de cavidades para nidificação disponíveis. 

 

De modo a manter as condições de nidificação o mais naturais possível, as estruturas de nidificação são parcialmente construídas utilizando métodos de construção tradicionais (taipa). Os ninhos criados com esta antiga metodologia são mais resistentes às temperaturas elevadas que se verificam com maior frequência (muitas vezes, acima dos 40ºC) e que podem causar problemas de saúde nas crias e juvenis desta espécie.

 

As populações locais e os praticantes de atividades de ar livre (entre as quais a observação de aves ou birdwatching) estarão também envolvidas, através de atividades de sensibilização e voluntariado, na construção destes novos locais.

 

A concretização deste projeto terá assim um papel determinante na conservação do Peneireiro-das-torres a longo prazo, permitindo aumentar a população que se situa atualmente nos 450 casais.

 

A Associação Europeia de Conservação “Outdoor” (EOCA – European Outdoor Conservation Association)

A Associação Europeia de Conservação “Outdoor” é uma iniciativa da indústria europeia de empresas de atividades ao ar livre (“outdoor”) e que tem como objetivo proteger as áreas de recreio e lazer de ar livre que gostam de desfrutar.

 

A EOCA é financiada pelos sócios (que são essencialmente empresas da indústria de atividades de ar livre) e por outras atividades de angariação de fundos relacionadas com esta indústria. A totalidade do valor das quotas dos sócios é direcionada para o financiamento de projetos que permitem concretizar iniciativas concretas no terreno. Os financiamentos para a conservação provêm assim dos seus 94 membros, todos associados à indústria europeia de atividades ao ar livre. 

 

Anualmente, várias entidades intervenientes na área da conservação concorrem ao financiamento da EOCA para projetos relacionados com espécies ou habitats ameaçados e que estejam de algum modo associados a atividades ao ar livre. Em apenas 6 anos, este grupo de companhias inovadoras financiou 46 projetos em 27 países diferentes, investindo mais de 1milhão de euros. 

 

Este ano, a EOCA recebeu 55 candidaturas, das quais foram selecionadas as 17 melhores. Estes 17 projetos são agora apresentados, na página da associação e em 7 revistas europeias, e serão sujeitos à votação do público. Os projetos estão divididos em 3 categorias – projetos “Nature”, “Alpine” e “Outdoor”- de acordo com os seus objetivos. O projeto com o maior número de votos em cada categoria receberá um financiamento da EOCA.

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