A implementação de geoparques, encarados como como laboratórios ao ar livre e assentes na conservação do património natural veio possibilitar a criação de novas estratégias promotoras do ensino e divulgação das Geociências. Na verdade, os Geoparques valendo-se da geodiversidade do território e contando também com os patrimónios arqueológico, histórico-cultural e natural possuem as condições privilegiadas para a educação ambiental para sustentabilidade.
Nesse âmbito a LPN através do seu Centro de Formação Ambiental, com a colaboração da Associação Estrela Geopark organizou no mês de outubro, uma ação na modalidade de curso de vinte e cinco horas acreditada pelo Conselho Científico Pedagógico de Formação Contínua de Professores no mais recente Geopark em Portugal – Estrela Geopark com a realização de duas ações online e de dois dias de saídas de campo.
Dirigida a professores de grupos disciplinares específicos da área das ciências naturais e da Geografia, a ação de formação procurou essencialmente promover o contacto direto com o Património Geológico da serra da Estrela, integrando a biodiversidade, a cultura, tendo proporcionado recursos educativos úteis e diversificados aos professores para que desenvolvam atividades/saídas de campo com os seus alunos.
As ações síncronas online dinamizadas pela professora Helena Freitas da Universidade de Coimbra, de Rosa Tracana professora do Instituto Politécnico da Guarda, Emanuel de Castro e Fábio da Associação Estrela Geopark, centrando-se no território do Estrela Geopark abordaram diversos temas como por exemplo a conservação da natureza, valorização do território, sustentabilidade, geodiversidade/geoconservação, biodiversidade, ecologia de montanha, educação ambiental e as novas abordagens no ensino-aprendizagem, importância da investigação científica e a importância dos Geoparques na promoção do desenvolvimento sustentável de uma região.
Não obstante o adiamento da ação de formação devido à situação pandémica COVID-19 realizaram-se as saídas de campo, em dois autocarros com o máximo de 10 participantes em cada um contando com todas as condições de segurança e saúde.
A dinamização por parte dos formadores do Estrela Geopark e a colaboração na componente da botânica de Alexandre Silva do CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela evidenciaram um conhecimento profundo e técnico do território permitindo um grau de satisfação muito elevado pelos participantes.
Dinamização de Hugo Gomes e Lucas Cesar do Estrela Geopark na Pedreira da Lagoa Comprida. Fotografia de Luís Galego.
Dinamização por Alexandre Silva do CISA – Centro de Interpretação da Serra da Estrela.
Concluiu-se que o facto da Serra da Estrela ter integrado o conjunto dos Geoparks Mundiais da Unesco veio dar a possibilidade da região se revitalizar, potenciando diversos recursos, permitindo criar condições que conduzam à fixação de famílias/populações e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região.
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