Nome comum | Lagartixa-da-montanha
Nome científico | Iberolacerta monticola
Tipo de ocorrência | Residente
Estatuto de conservação na Península Ibérica | Vulnerável (VU)
Estatuto de conservação em Portugal | Vulnerável (VU)
Descrição
Lagartixa de pequeno-médio porte e de corpo relativamente robusto. Mede cerca de 8 centímetros, com a cauda a ultrapassar visivelmente o tamanho do corpo. A coloração dorsal é habitualmente esverdeada ou acastanhada tendo os machos tons mais garridos do que as fêmeas. Exibe um padrão de manchas negras dispostas em faixas longitudinais ao longo do dorso e dos flancos (laterais). A zona ventral é mais clara, habitualmente esverdeada. Os juvenis podem apresentar a cauda azulada.
Habitat
Ocorre preferencialmente em zonas montanhosas de substrato rochoso, podendo ser encontrada em povoamentos florestais de zimbro, matos de urze e giesta, ou mesmo em prados de altitude. A espécie está presente em Portugal Continental e no Norte de Espanha, sendo um endemismo ibérico confinado à Cordilheira Cantábrica, Galiza e Serra da Estrela.
Distribuição
Em Portugal, a espécie está restrita a uma população isolada, que habita no Planalto Central da Serra da Estrela, e a sua abundância aumenta com a altitude, ocorrendo desde os 1.400 m de altitude até ao cume do Planalto (1.993 m).
Número de posturas
Uma postura por ano com cerca de 2 a 11 ovos.
Longevidade
Cerca de 10 anos, aumentando a sobrevivência com a idade.
Dieta
Alimenta-se de insetos e outros artrópodes, apresentando a dieta variações estacionais, em função da disponibilidade. Predominam várias espécies de moscas, besouros, formigas e aranhas, podendo também alimentar-se de larvas de insetos e minhocas.
Ameaças
Os principais fatores de ameaça para esta espécie são a degradação, fragmentação e redução do habitat, principalmente devido à implantação de infra-estruturas turísticas, atividade turística e da pastorícia. Os incêndios de grandes proporções são também um fator com possíveis consequências negativas em grande parte da área de distribuição da espécie.
A elevada concentração espacial da espécie em Portugal assim como o facto de todos os indivíduos estarem concentrados numa única população, pode constituir uma das mais importantes ameaças à sua sobrevivência e torná-la particularmente sensível a alterações climáticas.
Curiosidades
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