A LPN organizou um passeio pedestre para observar e conhecer as orquídeas silvestres do Parque Florestal de Monsanto que contou com a participação de Armando Frazão, autor do guia de campo “Orquídeas silvestres da Arrábida”.
O percurso circular teve como ponto de início e fim o Centro de Interpretação de Monsanto, passando pelas zonas do Calhau e da Serafina.
Antes de darmos início ao percurso, o guia Armando Frazão fez uma introdução geral sobre o universo das orquídeas silvestres em Portugal.
As orquídeas silvestres são plantas pertencentes à família Orchidaceae, uma das que tem o maior número de espécies e maior diversidade.
Em Portugal todas as orquídeas são plantas herbáceas terrestres. Entre as várias características que identificam as orquídeas silvestres, de uma forma geral estas caracterizam-se por possuírem flores com três sépalas e três pétalas, agrupadas ao cimo do caule e acima das folhas e posicionadas em cacho mais ou menos denso. A pétala central é diferenciada das restantes e designa-se como ‘labelo’.
Da esquerda para a direita: Orquídea-gigante (Himantoglossum robertianum). Pormenor da flor da erva-vespa-rosada (Ophrys tenthredinifera).
Já na nossa rota, ao longo do percurso em zonas de sombra, meia sombra e expostas ao sol foram observadas 9 espécies floridas pertencentes aos géneros ophrys, orchis, Cephalantera, Gennaria, Himantoglossum e Anacamptis:
Algumas curiosidades sobre estas plantas reforçaram a atenção e o interesse dos participantes que entusiasmados apreciaram e fotografaram estas plantas diminutas em tamanho, mas grandiosas pela sua beleza e espacialidade.
Sabia que a orquídea-gigante deve o seu nome às suas folhas lustrosas? As flores do género Ophrys mimetizam insetos fêmeas (abelhas, vespas, moscas e moscardos) para assim atraírem os machos e ao engano estes serem os responsáveis pela polinização da planta? De algum dos nomes específicos das orquídeas advirem da família do seu inseto polinizador?
Esta saída de campo foi uma autêntica ‘aula’ ao ar livre! Para além de ter dado a conhecer as orquídeas silvestres no nosso território, teve como objetivo sensibilizar para a necessidade de as proteger. À semelhança das restantes plantas silvestres, a perda de habitat é para as orquídeas a sua maior ameaça (por vezes, no país inteiro, uma espécie apenas existe numa área muito restrita).
O nosso obrigado a todos os participantes e em especial ao nosso guia Armando Frazão pela sempre disponibilidade para partihar connosco o seu saber sobre as orquídeas silvestres.
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