Atividades sobre o solo no colégio Oriente

Em fevereiro, a convite da professora de Inglês e de Gestão de Projeto, Carla Almeida, a LPN foi convidada a divulgar as ações de conservação da natureza e a dinamizar atividades sobre a temática do Solo com alunos do 5º B do Colégio Oriente.


Após a sensibilização efetuada pelo professor destacado na LPN sobre as complexas ligações na natureza, de como todas as espécies são importantes e estão interligadas enfatizou-se o trabalho efetuado pela LPN, com especial ênfase para o da Conservação da Águia-imperial-ibérica - Aquila adalberti, tema que os alunos tinham trabalhado na Escola e pelo qual tinham manifestado interesse na sua divulgação e conhecimento.


Destaque para variadas intervenções com questões pertinentes sobre as diversas temáticas por parte dos alunos revelando já algum conhecimento sobre a necessidade da proteção das espécies e dos seus habitats, tendo a noção de que as intervenções humanas podem ter consequências enormes nos ecossistemas e por consequência na humanidade.

 

 

 


Depois da componente teórica os alunos acompanhados pelos professores realizaram nas imediações do Colégio, junto ao Parque das Nações, atividades sobre a qualidade do solo. Estas atividades procuram colmatar algumas lacunas que pensamos existirem no ensino da temática dos solos no ensino básico e secundário. De uma forma geral são lecionados de modo superficial, transmissivo, não se utilizando abordagens práticas nos espaços exteriores das escolas ou nos espaços verdes das cidades como laboratórios de aprendizagem o que causa desinteresse tanto ao aluno como ao professor.


Tal como refere o professor Galopim de Carvalho “Urge, pois, trazer este conhecimento ao cidadão, a começar na escola, onde os curricula estão longe de dar ao solo a importância científica, económica e social que, na realidade, tem”.


Portugal é dos 120 países a nível mundial com problemas de desertificação física dos solos e uma das nações europeias mais susceptíveis a este fenómeno. Apesar do nosso país possuir apenas 10% de solos considerados férteis, tem-se insistido em práticas agrícolas inadequadas pata além dos solos mais férteis serem cada vez mais impermeabilizados e ocupados pela urbanização crescente, como por exemplo os projetos de urbanização previstos para a serra de Carnaxide.

 

O solo é o substrato da vida, na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), o solo contribui diretamente para o cumprimento de vários objetivos do desenvolvimento sustentável, como fome zero, água limpa, combate às alterações climáticas, e preservação da vida terrestre. Procurando “despertar” para esta temática realizaram-se diversas atividades em que os alunos agrupados e orientados por um professor iam descobrindo e determinando as propriedades físicas do solo, a sua biodiversidade e se tratava de um solo ácido, neutro ou alcalino. Apesar do solo junto ao Colégio apresentar uma componente arenosa os alunos verificaram que o seu pH era neutro e descobriram imensos embaixadores da sua fertilidade, ou seja, existiam muitas minhocas para além de insetos variados e aranhas. Ou seja o solo daquele espaço verde, embora naturalizado, tinha uma biodiversidade considerável num equilíbrio entre todos os seres vivos. Pela satisfação evidenciada pelos alunos ao observarem os seres vivos (especialmente as minhocas), tocando no solo, manifestando as emoções através da observação e manipulação direta, julgamos serem indicadores que assim conseguimos comunicar de forma mais eficaz os segredos da natureza.

 

 

 

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