No dia 14 de fevereiro os alunos do 11º ano do Colégio Oriente, acompanhados pela professora Inês Nunes e dinamizado pelo professor em mobilidade estatutária na LPN - Jorge Fernandes participaram numa enriquecedora saída de campo ao Parque Tejo, no âmbito do projeto Despertar para a Natureza da LPN e inserido também no projeto "Há vida na água" promovido pela Ciência Viva.
A atividade, que decorreu durante uma manhã inteira ao longo de um percurso pedestre de aproximadamente 5 km, permitiu aos alunos explorarem a surpreendente biogeodiversidade deste espaço verde urbano, com especial atenção aos ecossistemas aquáticos da região.
Com o objetivo de contribuir para a valorização dos recursos aquáticos e para a consciencialização para a Conservação da biodiversidade, os alunos puderam contactar diretamente com o ambiente local, observando a sua flora, espécies indicadoras de poluição, espécies autóctones e invasoras, aves limícolas e abordando-se temas como a qualidade da água e observações das aves limícolas.
Através de um guião efetuado pela professora que incluía questões relacionadas com os painéis informativos instalados ao longo do percurso e através de várias dinâmicas preparadas pelo professor Jorge Fernandes os alunos percorreram os jardins e áreas verdes junto à escola, observando as diferentes espécies de plantas ornamentais.
Depois das explicações efetuadas junto ao sapal da ponte Vasco da Gama destacando a importância e o papel preponderante ecológico dos sapais os alunos observaram diferentes espécies de plantas halófitas, líquenes, algas minhocas, bivalves, gastrópodes e crustáceos, simultaneamente, iam observando ao longo do percurso diferentes aves limícolas residentes nidificantes ou simplesmente migratórias que encontram refúgio neste espaço urbano e ao longo do Estuário do Tejo.
Observação dos seres vivos junto à ponte Vasco da Gama.
Junto ao estuário observaram-se diversas espécies autóctones e invasoras bem como algumas espécies indicadoras de poluição, descobrindo a importância da Biodiversidade para o equilíbrio dos ecossistemas e como as diferentes formas de vida se interligam. Além disso, salientou-se os desafios da conservação da biodiversidade em áreas urbanas e a importância de ações para a sua proteção.
Jacinto de água -- Eichhornia crassipes
Os painéis informativos revelaram-se ferramentas pedagógicas valiosas, destacando a importância dos ecossistemas de transição entre o meio terrestre e aquático e de como esse espaço foi completamente transformado. Antes era uma zona industrial degradada e hoje é um corredor ecológico fundamental para a cidade.
A requalificação do parque Tejo demonstra como os espaços urbanos renaturalizados podem contribuir para a biodiversidade e para o bem-estar das comunidades. Os alunos puderam observar in loco o que aprenderam nas aulas teóricas, nas imediações da escola estabelecendo a ponte entre conhecimento científico e a realidade que os rodeia.
Durante a saída de campo, os alunos também tiveram a oportunidade de observar de perto as diversas formações geológicas presentes no Parque das Nações. Com a ajuda dos professores exploraram as rochas e os fósseis, aprendendo sobre sua origem, composição e como se formaram ao longo do tempo. A atividade permitiu que os estudantes compreendessem a importância da geodiversidade e das informações que fornecem sobre a formação dos paleoambientes e formação do estuário do Tejo.
Observação das rochas e fósseis junto à ponte Vasco da Gama
Paragem junto aos passadiços para os alunos a resolverem as questões colocadas no guião
A professora de Biologia- Geologia - Inês Nunes responsável pela organização da saída, destacou a importância das saídas de campo realizadas junto à escola, das potencialidades didáticas que proporciona, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência ambiental nos jovens. As experiências e a observação com elementos naturais em meios urbanos é fundamental para que os alunos compreendam a importância da biogeodiversidade urbana e a necessidade que temos de proteger o ambiente.
A saída ao Parque Tejo não só foi uma oportunidade para os alunos aprofundarem o seu conhecimento científico, mas também para refletirem sobre o seu papel enquanto cidadãos responsáveis na proteção do ambiente. Foi um exemplo de como os professores podem organizar saídas de campo nas proximidades da escola, em ambientes urbanos, sem terem de assumir compromisso burocráticos e financeiros inerentes a grandes deslocações e simultaneamente destacando o ambiente local, incentivando os alunos a se tornarem agentes de mudança nas suas comunidades.
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