Caminhando no Parque Florestal do Monsanto com o Agrupamento de Escolas Baixa-Chiado

O Parque Urbano do Calhau foi o local de início para uma pequena caminhada e realização de atividades de trabalho de campo com os alunos do 6º ano do Agrupamento de Escolas Passos Manuel, no Parque Florestal do Monsanto.

A saída de campo inserida no Projeto Despertar para a Natureza da LPN, com o apoio da EPAL foi dinamizada pelo professor destacado na LPN, tendo-se iniciado com a descrição de algumas espécies arbustivas e arbóreas e da história, geologia e fauna do parque Florestal do Monsanto. Privilegiando atividades práticas promotoras da experimentação e do contacto direto com a natureza em termos de estratégia de ensino, delimitou-se uma determinada área do Parque do Calhau, e em grupo, os alunos com base na observação, estudo e análise de diversos indicadores preencheram uma tabela para uma avaliação aproximada do estado de saúde de uma floresta.

Com a orientação dos professores da escola e do professor destacado na LPN, os alunos reuniram diversos indicadores do estado de saúde de uma floresta (condição das árvores, regeneração das árvores e arbustos, tipo e qualidade de solos, abundância de líquenes, árvores mortas e restos lenhosos, vida selvagem, tipo e diversidade de espécies de árvores e arbustos) avaliando a sua amostra. Visto estar programado para a saída de campo uma pequena caminhada de exploração do ambiente local, não foi possível a realização de todas as atividades experimentais para um diagnóstico aproximado da Saúde de uma Floresta, não obstante, os alunos se tivessem envolvido e participado ativamente em algumas das atividades experimentais propostas.

Atividades de avaliação do tipo e qualidade do solo

Após a realização das atividades experimentais os alunos efetuaram um pequeno percurso pedestre á volta do parque do calhau até ao Parque da Serafina. Face à pandemia de coronavirús 2019-2020 ter afetado os sistemas educacionais em todo o mundo, levando ao fecho generalizado das escolas e à impossibilidade de realização de atividades ao ar livre. A realização de uma caminhada de exploração natural revelou-se uma excelente oportunidade para os alunos saírem do confinamento a que estiveram sujeitos proporcionando benefícios para a saúde física e mental. Inclusivamente, ao longo dom pequeno percurso pedestre efetuado foram vários os alunos a demonstrarem falta de preparação física, comentando estarem cansados derivado de terem estado bastante tempo sem a oportunidade de andar e praticar desporto em espaços naturais ao ar livre. Acresce que a escola está inserida num meio muito urbano e que muitos alunos não têm a possibilidade de contactarem regularmente com áreas mais naturais ou semi-naturais.

Percurso pedestre no interior do Parque do Calhau.

Percurso pedestre efetuado entre o Parque do Calhau e Parque da Serafina.

A educação baseada na natureza, ao ar livre, também oferece uma série de resultados académicos positivos, juntamente com os benefícios para a saúde em comparação com o ensino tradicional tendo sido aliás visível nesta saída de campo, por relato dos professores, um maior envolvimento por parte de alguns alunos. Várias investigações confirmam que a incorporação de atividades de natureza proporcionam o aumento da capacidade crítica, das competências sociais nos alunos e que a educação efetuada nos territórios próximos dos locais de vivência promove uma maior conexão com a sua comunidade e com a natureza, valorizando o território. Os professores podem simplesmente mover o seu currículo atual para o exterior ou inserir o mundo natural no currículo, desenvolvendo-se atividades interdisciplinares ao ar livre e essa é a finalidade do projeto Despertar para a Natureza propiciando apoio a uma maior aproximação ao mundo natural de forma a capacitar os alunos para a conservação e valorização do território.