Todos os anos, no dia 2 de fevereiro celebra-se o Dia Mundial das Zonas Húmidas, para trazer uma consciência global acerca da importância das Zonas Húmidas paras as pessoas e planeta. É também uma ocasião para comemorar a Convenção de Ramsar, a conferência mais antiga de Ambiente realizada na cidade iraniana em 1971. Este ano o tema do Dia Mundial das Zonas dá relevo às Zonas Húmidas como fonte de água potável encorajando ações. Consciente da sua importância com diversos projetos e ações efetuados ao longo da sua história a LPN através do seu Centro de Formação organizou uma ação de formação online, derivado às contingências impostas pela Pandemia, que reuniu um excelente elenco de especialistas e investigadores que trabalham a temática das Zonas Húmidas, bem como um conjunto de práticas e projetos relevantes trazidos por instituições e escolas.
A ação teve como objetivos principais sensibilizar para a importância das Zonas Húmidas, para a dimensão ecológicas das zonas húmidas, propiciar transferências de conhecimento e de recursos, fornecer recursos educativos, divulgar e partilhar experiências educativas e projetos que evidenciem a proteção das zonas húmidas, contribuir para o conhecimento das zonas húmidas no território nacional e identificar os principais geradores da perda e degradação das Zonas Húmidas.
Assim após uma após uma introdução á temática da importância das Zonas Húmidas Floresta, no primeiro painel, João Carlos Farinha do ICNF, com uma larga experiência de trabalho n a coordenação das zonas húmidas em Portugal mencionou a importância da água, d Dia Mundial das zonas húmidas. dos principais tipos de zonas húmidas, Portugal e a convenção de Ramsar, e o desfio que é gerir uma área protegida, dando o exemplo da Reserva Natural do Paul do Boquilobo e da Lagoa de Albufeira.
Seguidamente, a professora Ana Antão Geraldes salientou a importância de conhecer e conservar as zonas húmidas, dos serviços ambientais que estes ecossistemas prestam à humanidade apresentando ideias de como os cidadãos podem contribuir para a conservação destes ecossistemas e dos serviços ambientais que lhes estão associados, exemplificando duas experiências simples que se podem realizar para demonstrar os efeitos da degradação dos ecossistemas terrestres nas zonas húmidas e a importância destas para a minimização dos efeitos das secas e inundações.
Inês Cardoso da Direção Nacional da LPN salientou a importância dos estudos efetuados e da possibilidade de visitas de estudo pelas Escolas nos Sistemas Costeiros do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e Sul do Algarve e pequenos estuários.
José Teixeira coordenador do gabinete de comunicação e ciência do CIIMAR, mencionou a importância dos charcos e a Campanha “Charcos com Vida”. Esta Campanha pretende incentivar a descoberta, valorização, conservação e investigação dos charcos e a sua biodiversidade, através de um conjunto de atividades de exploração científica e pedagógica, que visam contribuir para o conhecimento da biodiversidade e importância destes habitats.
Após a apresentação do primeiro painel passou-se à divulgação e conhecimento de projetos relevantes da LPN, ao cuidado da Rita Alcazar responsável pelo CEAVG/LPN, com a apresentação do LIFE Charcos – “Conservação dos Charcos Temporários na Costa Sudoeste de Portugal, como habitat prioritário definido pela Diretiva Habitats. OS Charcos Temporários Mediterrânicos possuem uma biodiversidade rica e única que urge preservar tendo-se evidenciado as medidas necessárias efetuadas para a proteção destes ecossistemas, nomeadamente as ações de educação ambiental e de conservação efetuadas.
Outro projeto relevante é o do Centro de Interpretação da Lagoa de Óbidos. Rita Martins da LPN salientou os passos efetuados para a sua implementação. O Centro de Interpretação da Lagoa de Óbidos é um projeto que permite abordar, divulgar e estudar diversas áreas do conhecimento, como a ecologia, biologia, história, sociologia e etnologia da Lagoa de Óbidos. A apresentação contou com um teatro de fantoches sobre a Lagoa de Óbidos apresentado às escolas e que cativou bastante os participantes.
Finalmente, dando voz à participação das Escolas, a professora Elsa Ramalho da Escola Secundária Manuel Cargaleiro (Seixal) apresentou o Projeto - EMA – Estuário do Tejo. Esse projeto financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian permitiu que 200 alunos de vários níveis de escolaridade e 50 professores permitiu a realização de inúmeras atividades de articulação entre diferentes disciplinas como por exemplo diversas saídas/atividades de trabalho de campo, atividades experimentais, atividades com ferramentas web 2,0, debates e palestras com o objetivo de tornar o rio Tejo como um laboratório vivo de aprendizagem.
No fim da ação e embora se tivesse ultrapassado largamente a sua duração prevista de três horas em regime online face à riqueza das apresentações efetuadas, os participantes avaliaram a ação de forma muito satisfatória o que nos impulsiona ainda mais para o incremento de ações de educação ambiental que capacitem os professores e participantes para uma educação ambiental complexa e crítica que analise as inter-relações entre os seres humanos e o ambiente.
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