Os alunos do Agrupamento de Escolas de Vialonga realizaram uma saída de campo, ao EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves, integrada nas atividades do projeto Despertar para a Natureza, com o apoio da EPAL num dia que permitiu aos alunos conhecerem e desfrutarem do património natural e cultural da lezíria e estuário do Tejo.
No âmbito do projeto Despertar para a Natureza, da LPN e integrada na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, coordenada pela professora Emília Silva, os alunos do 7º e 8º ano do Agrupamento de Escolas de Vialonga realizaram uma saída de campo, ao EVOA - Espaço de Visitação e Observação de Aves, acompanhados pelo professor destacado na LPN – Jorge Fernandes e professores da escola.
Inserido numa paisagem que reflete o espaço natural e cultural que precisamos de proteger, o EVOA- Espaço de Visitação e Observação de Aves situado em plena Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET), tem como entidade parceira a LPN e é um excelente espaço de aprendizagem de Educação Ambiental com diversas atividades de inovadoras para os alunos, proporcionando uma aprendizagem mais significativa, através, por exemplo, da realização de diversas atividades de Educação Ambiental enquadradas no ecossistema estuarino, na observação direta em itinerários na lezíria e nos seus observatórios situados nas margens das três lagoas. Essas lagoas são muito importantes para as aves, sendo utilizadas como área de refúgio ou mesmo como local de nidificação.
Deslocando-se de autocarro, os alunos foram recebidos, na entrada na lezíria por três guias do EVOA, que interpretaram a paisagem e descreveram a importância do Estuário do Tejo até ao Centro de Interpretação num percurso de autocarro com cerca de 12 km.
Ao chegar ao EVOA, os alunos, foram divididos em grupos de aproximadamente 15 elementos, acompanhados pelos professores permanentemente e pelos por guias especializados realizando as diversas atividades que vão ao encontro dos conteúdos curriculares, sempre que possível numa abordagem interdisciplinar.
Apresentação de atividades junto ao Centro de Interpretação do EVOA.
Embora tivesse nascido de frente para o Estuário do Tejo e apreciado sempre o seu esplendor, durante parta da minha vida, não dei a importância e desconhecia as aves residentes e migradoras que regularmente passam pelo estuário. Só muito mais tarde, me apercebi das suas vocalizações rítmicas, da beleza das suas plumagens, da sua singularidade radical. Ouvi depois nas formações da LPN que a andorinha do Ártico (Sterna paradisaea) percorre em média ao longo da sua vida uma distância equivalente a uma ida e volta à Lua, cerca de 800 000 km e que o estuário do tejo durante os meses de inverno pode reunir mais de 120 000 aves. As zonas de sapais, salinas, montados, e zonas de aluvião são os seus habitats perfeitos no estuário. As aves são decisivas para o equilíbrio ambiental e são indicadores decisivos da qualidade do ambiente. Nada melhor do que explorar o seu mundo, a paisagem e território da lezíria, do Estuário do Tejo, através da estrutura criada para o efeito, como seja o EVOA.
Inicialmente, deslocando-se de autocarro, os alunos e professores foram recebidos, na entrada na lezíria por três guias do EVOA, que interpretaram a paisagem e descreveram a importância do Estuário do Tejo até ao Centro de Interpretação num percurso de autocarro com cerca de 12 km.
Ao chegar ao EVOA, os alunos, foram divididos em grupos de aproximadamente 15 elementos, acompanhados pelos professores permanentemente e por guias especializados realizando as diversas atividades que vão ao encontro dos conteúdos curriculares, sempre que possível numa abordagem interdisciplinar.
Destaque para a excelente dinamização acompanhada pelo professor destacado acompanhou do guia Manuel Galvão que através de uma metodologia participativa e motivadora proporcionou aos alunos uma atenção e interesse permanente pelas diversas temáticas abordadas.
Saliente-se as atividades realizadas junto ao centro de Interpretação, ao ar livre, relacionadas com o Solo, nomeadamente sobre os sedimentos que se depositaram nessa zona do estuário, com observação com lupas e experiências de análise das propriedades e caraterísticas do solo.
Demonstração de diferentes tipos de solo e suas propriedades.
Posteriormente, efetuou-se um pequeno percurso guiado com atividades de localização e orientação geográfica e de interpretação da paisagem, com identificação da flora e fauna. Seguidamente, nos observatórios, com recurso a telescópios, binóculos e guias na lagoa principal, descreveram-se algumas aves aquáticas observadas, como por exemplo, bandos de íbis-preta, abibes, flamingos, Pato-real, Pato-de-bico-vermelho, garça real, garça-branca-pequena, milherango e alfaiates.
Ao longo do percurso junto às margens da lagoa os alunos tiveram a possibilidade de efetuar experiências de determinação da qualidade da água.
Determinação da qualidade da água da lagoa.
Determinação da qualidade da água como por exemplo o valor de pH.
Além das atividades realizadas no campo, os alunos tiveram a oportunidade ainda já no interior do centro de Interpretação, de efetuarem jogos relacionados com dinâmica de populações, com a exploração de conteúdos presentes na exposição permanente, conhecer as características e os hábitos das corujas das torres e através de uma atividade de Role-play, refletir sobre os impactos das ações do homem em alguns grupos de seres vivos que fazem parte do ecossistema estuarino.
Atividades de jogos de grupo sobre impacto ambiental das atividades humanas no ecossistema estuarino.
Após esta saída de campo, ressalta a satisfação e interesse dos alunos, reforçando a importância que o Projeto Despertar para a Natureza e do EVOA têm, ao proporcionar atividades de exploração da natureza contribuindo para o objetivo de conservar a diversidade de ecossistemas do ambiente estuarino do Tejo.
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