A LPN esteve presente no dia 1 de outubro de 2024, no Auditório da Escola D. Martinho Vaz de Castelo Branco, Póvoa de Santa Iria, no “II Fórum da Biodiversidade do Estuário do Tejo”. O evento foi dedicado à “Importância das Parcerias para a Conservação do Território”.
Organizado pela Comissão de Cogestão da Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET) e ICNF, a organização anual deste evento reuniu investigadores(as) juntando autarquias, entidades, associações e professores, num debate enquadrado pelo Plano de Cogestão da Reserva Natural do estuário do Tejo e na qual a LPN faz parte integrante, representando as associações de ambiente.
O Plano de Cogestão da Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET) apresenta medidas e ações consideradas prioritárias nas vertentes ambiental, cultural, social e económica, com vista a valorizar e promover, de forma sustentável, uma área de elevada relevância em termos de conservação da natureza e de algumas atividades económicas, sendo uma zona extremamente rica em seres vivos e fundamental para o povoamento da costa marítima.
A edição este ano, sob o tema “A importância das parcerias para a conservação do território” contou com o presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, que preside à Comissão de Cogestão, do Vice-Presidente da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), e da Diretora da Conservação da Natureza e da Biodiversidade de LVT (ICNF).
Após as boas vindas aos participantes, o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira acrescentou que a RNET, e a sua envolvente, apresentam “diversas oportunidades únicas no desenvolvimento de atividades económicas sustentáveis, projetos de investigação científica e atividades de educação ambiental e de sensibilização para a conservação da natureza”. A criação e reforço de parcerias é um dos objetivos que será uma ferramenta fundamental para a salvaguarda dos recursos e valores naturais do estuário.
Para além da apresentação do trabalho desenvolvido no EVOA – Espaço Visitação e Observação de Aves e da Companhia das Lezírias por Sandra Paiva, os oradores assinalaram a necessidade de não se negligenciar a conservação da biodiversidade, como sejam, por exemplo, entre outros, a inclusão de medidas de proteção e de entidades locais unidas para salvar da extinção a lampreia-de-rio- Lampetra fluviatilis, considerada como Criticamente em Perigo, que ocorre exclusivamente no rio Sorraia, ou de como mencionou José Alves investigador do CESAM que caso os efetivos populacionais das aves limícolas continuarem a diminuir, o seu desaparecimento acarretará o não cumprimento de um dos grandes objetivos deste plano - o da promover a visitação da RNET.
Após a apresentação dos valores naturais e culturais presentes na RNET por diversos investigadores, houve ainda uma ação de formação para os professores com o objetivo de participarem em várias dinâmicas que levarão a uma reflexão conjunta sobre a melhor forma de integrar nos planos de estudo os valores presentes na Reserva Natural do Estuário do Tejo.
Reunindo diversos investigadores, professores e entidades, através de uma visão conjunta para o futuro do território, o modelo de cogestão da área protegida “pretende imprimir uma dinâmica de gestão de proximidade, em que diferentes entidades colocam ao serviço das áreas protegidas o que de melhor têm para oferecer no quadro das suas competências e atribuições, pondo em prática uma gestão participativa, colaborativa e articulada, especificamente nos domínios da promoção, sensibilização e comunicação dos valores naturais territoriais presentes”.
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