LIFE Saramugo realizou uma nova intervenção na Ribeira do Vascão

A remoção de vegetação exótica com estabilização de taludes em sinergia com plantações visam promover a vegetação ribeirinha e beneficiar o habitat do saramugo.

 

Em outubro de 2016, realizou-se na ribeira do Vascão o desassoreamento do pego do Cerro das Relíquias de modo a aumentar o volume de água disponível para a fauna piscícola.

 


Em novembro passado deu-se por terminada uma outra intervenção que abrangeu ambas as margens do pego. Tratou-se de uma ação de recuperação da vegetação ribeirinha, uma vez que uma das margens registava um fraco coberto vegetal e na outra margem existia uma grande mancha de canavial (Arundo donax). Na generalidade a galeria ripícola estava ausente ou muito degradada, quase desprovida de espécies vegetais autóctones.

 

 

 

Os trabalhos deram-se em três fases. A primeira consistiu no corte e remoção na margem esquerda de cerca de 100 metros lineares de canavial e extração de rizomas, seguido de recobrimento da área com uma manta orgânica (para minimizar a erosão no talude intervencionado).

 

 

Numa segunda fase procedeu-se à estabilização do talude recorrendo a três técnicas de engenharia natural (biorolo, muro verde e entrançado de varas de salgueiros).


Por fim e de modo a restabelecer a galeria ribeirinha foram plantadas diversas espécies de arbustos e árvores autóctones enraizados, como o loendro, a murta, a tamargueira, o freixo e o salgueiro e também se recorreu a estacaria de espécies autóctones como o salgueiro e o tamujo. Na margem direita procedeu-se ao adensamento e complexificação dos estratos vegetais, numa extensão de 80m, recorrendo-se igualmente a plantas e estacaria de plantas autóctones.

 

 

 

 

 

No seu conjunto, as duas intervenções ocorridas no Cerro das Relíquias abrangeram cerca de 2.000m2 e tiveram como princípio uma visão holística dos problemas inicialmente detetados. A falta de água no verão fez com que o desassoreamento fosse indispensável e a ausência de margens ribeirinhas frondosas que inevitavelmente contribuíam para uma maior evaporação de água (que já era por si escassa) levou à necessidade de se realizar uma renaturalização da vegetação.

 

Esta abordagem permitiu-nos assim colmatar vários problemas recorrendo a diferentes medidas práticas de conservação, contribuindo para a melhoria a médio-longo prazo do habitat do saramugo com consequências diretas na melhoria da sua situação populacional, e restantes peixes nativos, que dependem deste tipo de habitat para sobreviver.

 

 

Para saber mais sobre o projeto LIFE Saramugo visite: www.lifesaramugo.lpn.pt

 

 

        

 

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