Literacia para a Floresta em Tibães

A mata e jardins de Tibães foram, num sábado de manhã e de tarde, o palco e o momento de união com a natureza, para os alunos do 6º e 8º anos, do Agrupamento de Escolas de Mosteiro do Cávado em mais uma iniciativa do projeto Literacia para a Floresta da LPN.

 

Para além das atividades de observação, interpretação e desafios sobre a floresta disponibilizadas por um guião, os alunos realizaram um peddy-paper organizado pelos professores, num percurso ao longo do mosteiro de Tibães e na Cerca de 40 hectares, a maior cerca monástica barroca e romântica preservada em Portugal, única no seu género uma vez que combina funções agrícolas e de mata com o jardim barroco.

 

 

 

 

Situada nas faldas do Monte de S. Gens, na sua encosta norte virada ao rio Cávado, o espaço do mosteiro de Tibães e da Cerca é de uma grande riqueza patrimonial, no qual a gestão da propriedade tem sido notável, como são exemplos, o sucesso no combate às Mimosas (Acácia dealbata) e o de salvaguardar a grande biodiversidade, desde fungos, a anfíbios e raras plantas seculares que aí existem.  Pode-se ali observar entre outras, plantas da associação do Carvalho do Norte (Quercus robur), o protegido Azevinho (Ilex aquifolium),o Loureiro (Laurus nobilis), a Aveleira (Corylus avellana), o Medronheiro (Arbutus unedo), a Gilbardeira (Ruscus aculeatus) e o Bordo (Acer pseudoplatanus).

 

Medição do (DAP) - Diâmetro à altura do Peito de um exemplar imponente de Carvalho Alvarinho (Quercus robur).

 

 

 

Foi nesse espaço notável e secular e que os alunos realizaram o peddy-paper num percurso com estações onde se efetuavam tarefas com a colaboração dos professor destacado da LPN e dos professores da escola prestando atenção à biodiversidade. As atividades englobaram os conteúdos do guião, levando os alunos à descoberta e observação da fauna e flora, como o cálculo do diâmetro à altura do peito das árvores e à identificação das aves através de aplicações móveis.

 

 

 

 

Ao longo do percurso, destacam-se as estações junto à capela de S. Bento observando-se no seu jardim, as azáleas, camélias, rododendros e exemplares magníficos de Quercus robur.

 

Dentro da cerca passou-se pelas galerias de exploração de volfrâmio que nos anos 40 foi explorada para o fabrico de armas para a 2ª guerra mundial; com a destruição de parte da estrutura da cerca, nomeadamente socalcos, devido à sua exploração.

 

Abertura da antiga mina de Volfrâmio explorada.

 

 

Junto a um lago alimentado pela água que vem das minas os alunos tinham uma estação onde realizaram atividades podendo admirar três árvores de porte notável e valor paisagístico, como sejam um Pinheiro-bravo (Pinus pinaster) que, juntamente com dois Cedros-dos-Himalaias (Cedrus deodara), estão classificados como Árvores de Interesse Público de Portugal desde 2010.

 

E assim com literacia e atitudes positivas promovidas pelo Projeto Literacia para a Floresta e com a iniciativa dos professores do Agrupamento de Escolas Mosteiro do Cávado, os alunos divertiram-se aprendendo, contactando com a Natureza neste magnífico espaço envolvente do Mosteiro de Tibães.

 

 

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