Percurso pela Floresta com o Agrupamento de Escolas Bernardino Machado

Partimos para Vila Nova de Famalicão para mais um percurso pela Floresta, no âmbito do projeto Literacia para a Floresta com os professores e alunos do 5º C da Escola Bernardino Machado em Joane-Famalicão.

 

Para os professores responsáveis – Cláudia Oliveira e Bruno Carvalho, era um dia para trazer a floresta de volta aos seus alunos após o período de restrições de saídas de campo derivado da pandemia. Não obstante a chuva intensa que se tinha abatido na véspera e que continuava nesse dia de manhã, a determinação de todos era evidente para a saída num percurso circular com destino ao castro das Eiras.

 

E lá fomos no automóvel da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, com destino a Joane, na entrada da escola onde os professores e os alunos nos esperavam para entrar no autocarro onde se efetuaria um percurso pedestre com uma extensão de 4,5 km.


Após uma breve introdução sobre o projeto e da importância da floresta, dos benefícios que ela traz a todos os seres vivos, inclusive a nós, e dos variados serviços dos ecossistemas fornecidos por ela, lá partimos no autocarro rumo ao local de partida para o percurso. Ao longo de uma chuva intensa que parecia não dar tréguas, o trajeto de autocarro foi sempre a subir. Um percurso acidentado ao longo de uma estrada bastante estreita, mas facilmente transposto face à perícia e conhecimento do local pelo motorista.


Chegados ao local de partida parece que o S. Pedro nos ouviu pois, de repente. a chuva abrandou e as condições ficaram melhor para todos nós iniciarmos o percurso.

 

 

 

Os alunos foram logo à frente, a subir com uma energia desmedida e lá os acompanhámos rodeados de vegetação, na sua maioria constituída pela dominância de eucaliptos mas também de pinheiros bravos e algumas árvores autóctones como por exemplo o carvalho alvarinho e sobreiros.


Sempre interessados, os alunos iam pela subida íngreme parando-se, por vezes, para se evidenciar alguns aspetos pertinentes da vegetação e outras curiosidades associadas ao ecossistema, e de diversos vestígios arqueológicos importantes.


Na verdade, não era só a energia dos alunos, mas também a energia que esse local tinha de diferente. A arqueologia assim o evidencia, pois, o destino era o Castro das Eiras – uma das maiores estações castrejas do norte de Portugal. Em toda a área notavam-se estruturas à superfície, nomeadamente muralhas e taludes que apontam para um período de ocupação situado entre os finais do século I a. C e sec. III d. C.e a existência de uma estação balnear existente neste castro. Para além do Castro, ao longo do trajeto ia-se passando por algumas mamoas e dólmens, revelando a importância do património cultural existente no local.

 

 

 

 

Porém a região para além do impacto das espécies invasoras enfrenta a ameaça dos fogos florestais derivado da dominância de espécies plantadas de resinosas e de eucaliptos e das alterações climáticas, pelo que se salientou a importância da floresta autóctone como fonte de biodiversidade e de controlo dos incêndios.


Em última análise, a maneira de assegurar a melhoria da saúde do ecossistema é reflorestá-lo com mais espécies autóctones contribuindo para prevenir a erosão do solo e criar um habitat para mais aves e animais selvagens.


Ao longo do percurso os alunos preencheram o guião fornecido pela LPN e iam observando o ecossistema. Uma curiosidade que se salienta foi o de alguns alunos transportarem diversas amostras de granito carregando as suas mochilas até ao limite de peso na sua mochila. A sua determinação em trazer as amostras para a escola evidencia a sua curiosidade científica e ao aprenderem que a biodiversidade é de vital importância, traz um eco de futuro que este projeto da LPN e os professores deram a conhecer e vivenciar.

 

Nota: Para informações sobre o percurso pode-se consultar em https://loc.wiki/t/76113272/ptqp?h=xpq2nyr4pk

 

 

 

 

 

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