Quando os abutres rabiscam: A arte nos voos da Raia

Quem diria que os abutres podiam ser artistas? Conheça a Raia, um abutre-preto fêmea juvenil, que está a transformar os céus na sua tela. Como parte do projeto LIFE Aegypius Return, a Raia foi equipada com um transmissor GPS/GSM para as equipas acompanharem os seus movimentos e garantirem o seu bem-estar. Mas, para deleite de todos, as suas trajetórias de voo não oferecem apenas dados valiosos – também criaram formas divertidas, como um coração, um laço e até uma clave de sol!

 

 

 

 

 

 

Quando a Raia foi marcada, as equipas esperavam estudar os seus movimentos, mas esta ave deu um toque especial à investigação e tem “desenhado” padrões muito criativos!

 

 

 

 

A Raia é uma fêmea de abutre-preto que nasceu no ano passado, na Herdade da Contenda, e foi marcada com a anilha colorida 2J. Embora tenha permanecido geralmente perto da sua colónia, movimenta-se bastante na região, como se pode ver no mapa abaixo, que mostra os seus movimentos neste verão.

 

 

 

 

Importância da monitorização com emissores GPS/GSM

A localização por GPS desempenha um papel fundamental na conservação dos abutres. Ao seguir os movimentos destas aves, os investigadores  e conservacionistas obtêm informações sobre os seus comportamentos, padrões de movimentação e áreas de alimentação. Toda esta informação também ajuda a identificar potenciais ameaças e zonas de perigo, assim, podem ser implementadas medidas específicas para mitigar os riscos, proteger as rotas de voo e ajudar na recuperação de populações vulneráveis. Adicionalmente, o acompanhamento do estado de saúde de cada ave permite uma intervenção rápida quando necessário. Em resumo, os emissores GPS/GSM são uma ferramenta muito valiosa para a gestão e proteção destas criaturas magníficas.

 

Monitorização dos abutres-pretos no LIFE Aegypius Return

O projeto LIFE Aegypius Return planeia equipar 60 abutres-pretos com transmissores GPS/GSM, incluindo aves reabilitadas em centros de recuperação e crias marcadas no ninho. Os dados remotos serão combinados com observações no terreno para compreender melhor o comportamento das aves, o uso do habitat, as causas de mortalidade, os movimentos e os padrões de alimentação.

 

Num esforço colaborativo, o projeto também partilhará os dados GPS destas aves com outras iniciativas existentes, por exemplo ao nível das infraestruturas de transporte de energia, cooperando na mitigação do risco de eletrocussão ou colisão. As zonas de risco elevado podem ser alvo de medidas de proteção e prevenção, como a instalação de sinalizadores e o isolamento dos apoios das linhas elétricas.

 

 

 

Sobre o projeto LIFE Aegypius Return 

 

 

O projeto LIFE Aegypius Return é cofinanciado pelo programa LIFE da União Europeia. O seu sucesso depende do envolvimento de todos os stakeholders relevantes, e da colaboração dos parceiros, a Vulture Conservation Foundation (VCF), beneficiário coordenador, e os parceiros locais Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, Herdade da Contenda, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Liga para a Protecção da Natureza, Associação Transumância e Natureza, Fundación Naturaleza y Hombre, Guarda Nacional Republicana e Associação Nacional de Proprietários Rurais e Associação Nacional de Proprietários Rurais Gestão Cinegética e Biodiversidade.

 

 

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