Saída Salinas do Samouco

A Escola Avé Maria participou no projeto Despertar para a Natureza, promovido pela Liga para a Protecção da Natureza, com a realização de uma saída de campo às Salinas do Samouco.

 

Esta atividade decorreu no dia 29 de abril, tendo participado os alunos de quinto e oitavo anos de escolaridade.

 

O projeto Despertar para a Natureza visa apoiar e estimular a realização de saídas de campo pelas escolas, potenciando e evidenciando o território como um laboratório de bio e geodiversidade, de forma a capacitar os alunos para a sua conservação e valorização.

 


Pela localização da escola em Alcântara, é habitual para os alunos a observação da foz do estuário do Tejo. A saída de campo pretendeu mostrar a dinâmica do ecossistema estuarino numa zona a montante, as Salinas do Samouco no concelho de Alcochete.

 

 

Apesar de uma enorme biodiversidade e importância ecológica do sapal associada a este tipo de ecossistemas, é a avifauna aquática, nomeadamente migratória, que atribui ao estuário do Tejo o estatuto da mais importante zona húmida do país e uma das mais importantes de Europa.

 


Os alunos tiveram oportunidade de observar e identificar aves com ajuda de binóculos, telescópios, guias de identificação de aves e um guião interpretativo da saída de campo, elaborado para o efeito. Foram identificadas várias espécies, como garça-real, garça-branca pequena, flamingo, alfaiate, pernilongo, chilreta, pato-real e andorinha das chaminés.

 


Foi possível observar em direto, através de câmara, uma casa ninho com uma coruja-das-torres e perceber a função da anilhagem na monitorização das aves existentes no local. Depois da visualização de um vídeo sobre a história e importância do complexo das Salinas do Samouco, os alunos iniciaram um percurso no rendilhado de valas, comportas e tanques da Marina do Canto. Além da formação do sal marinho foi possível observar a origem da Flôr de Sal e alguns instrumentos utilizados na sua extração e secagem. Nos tanques das salinas eram visíveis milhares de pequenos crustáceos, Arthemia salina, que servindo de alimento a bandos de flamingos, conferem tons rosados às suas penas. Neste passeio, houve ainda tempo sentir o sabor da Salicornia, planta de sapal, que acumula sal nos seus tecidos.

 


Em plena Reserva Natural do Estuário do Tejo, a visita às Salinas do Samouco proporcionou aos alunos a compreensão da importância do salgado na paisagem da região, incluindo todos os seus componentes (fauna, flora e cultura) e do contraste entre esta paisagem e a envolvente urbana, nomeadamente a construção da ponte Vasco da Gama.

 

Artigo de Inês Nunes, professora da Escola Avé – Maria

 

 

Preparação da saída de campo e de observação de aves com os binóculos.

 

Auditório das salinas do Samouco – apresentação sobre o estuário do tejoe salinas do Samouco.

 

 

 

 

Sarcocornia.

 

 

Salgadeira (Atriplex halimus)

 

 

Cistanche phelypaea – Planta parasita que habita nas regiões de sapal. Não possui clorofila, pelo que extrai os seus nutrientes de outras plantas (normalmente da família Chenopodiaceae, ligando a suas raízes às da planta hospedeira).

 

 

Salinas do Samouco.

 

 

Medição da salinidade.

 

 

Artemia salina.

 

Observação de aves. Fotografia de Inês Nunes.

 

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