Salvar o ameaçado Jornalismo de Ambiente da extinção em Portugal

A Liga para a Protecção da Natureza apresenta a Semana do Jornalismo de Ambiente 2023 já em novembro, com um painel recheado de personalidades nacionais e internacionais

 

Numa época em que o ambiente enfrenta desafios sem precedentes e a humanidade se debate com questões ecológicas complexas, os meios de comunicação social surgem com um poderoso potencial catalisador de mudança, amplificando o discurso e espírito crítico sobre questões ambientais. Após o sucesso da primeira edição, a Liga para a Protecção da Natureza (LPN) apresenta hoje o programa da Semana do Jornalismo de Ambiente 2023, que terá lugar de 6 a 10 de novembro na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, em Lisboa.

 

Entre os convidados internacionais, destacam-se o norte-americano Jelter Meers, Editor da Unidade de Investigação Ambiental do Pulitzer Center for Crisis Reporting; Núria Blázquez, Vice-Presidente do European Environamental Bureau, a maior rede de organizações não-governamentais de ambiente da Europa; a multipremiada e reconhecida jornalista brasileira Giovana Girardi, chefe da cobertura socioambiental da Agência Pública; Manuel Planelles, editor do jornal El País, especializado na comunicação acerca das alterações climáticas; e Ganga Shreedhar, economista comportamental e experimental da London School of Economics and Political Science.

 

No contexto nacional, o evento conta com uma ampla representação dos media portugueses, da academia, de dirigentes de organizações não-governamentais de ambiente, e de fotógrafos e realizadores dedicados à vida selvagem. É a massa crítica de Portugal a dar vida às multidisciplinares discussões diárias que, em 2023, irão centrar-se no espaço e tempo que o ambiente ocupa e poderá vir a ocupar nos canais generalistas; na influência do teor da mensagem na perceção e ação público – o que faz as pessoas moverem-se? Boas notícias e sucessos? Ou as más notícias e o catastrofismo? –; nos riscos e sinergias nas investigações lideradas por jornalistas; nas oportunidades, dificuldades e sustentabilidade da carreira dos jornalistas de ambiente; e no poder isolado e combinado do storytelling e da imagem para a conexão intelectual e emocional com o público.

 

Para Rúben Oliveira, membro da Direção Nacional da LPN e um dos promotores do evento, o jornalismo de ambiente “desempenha um papel fundamental na sensibilização, desenvolvimento e enraizamento de atitudes e comportamentos, e na transformação do discurso e ações do público face às questões ambientais”, não estando, contudo, isento de ameaças. “Em Portugal, o jornalismo de ambiente pode ser classificado como espécie ameaçada, empurrado frequentemente para um estatuto de quase-extinto pelos media e, consequentemente pela sociedade”, alerta o dirigente. “É este cenário que queremos ajudar a inverter”, refere Rúben Oliveira.

 

Já Inês Machado, levanta o véu acerca do que a nova edição trará de novo. A coordenadora do Departamento de Comunicação da LPN revela que o programa irá ainda “incidir sobre temas relevantes com os quais nos temos deparado, como a desinformação em matéria de conservação da Natureza, e com o reforço da ligação aos Estados Unidos da América, Espanha e Brasil”. Desta forma, a organização procura estabelecer pontes e dar espaço à partilha de boas-práticas. “É muito positivo contarmos com o apoio de grandes instituições internacionais à Semana do Jornalismo”, conclui.

 

O programa completo está disponível na página da LPN, onde os interessados podem também encontrar as instruções para a inscrição.

 

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