Na sequência das ações de formação que a LPN tem desenvolvido nos espaços verdes de Lisboa, o Parque da Quinta das Conchas e dos Lilases foi o cenário escolhido para se conhecer a sua biodiversidade e geodiversidade e simultaneamente, criar-se laços de comunhão com os espaços mais naturais, por forma a que os professores promovam atividades/aulas ao “ar livre”, contribuindo para o aumento do interesse e participação dos jovens na conservação e valorização dos espaços verdes urbanos.
No âmbito de uma ação de formação de professores orientada pelo Raúl Pedro, Jorge Fernandes e com a participação da instrutora de Yoga - Teresa Loureiro, efetuou-se um itinerário pelo Parque Urbano da Quinta das Conchas e dos Lilases, descrevendo-se os aspetos geológicos, a biodiversidade, a história, e divulgando o património natural e cultural de Lisboa, numa clara relação com as dinâmicas do crescimento urbanístico e do ordenamento do território.
Após um enquadramento efetuado pelo professor destacado na LPN - Jorge Fernandes, da Geologia de Lisboa e do contexto histórico do Parque Urbano da Quinta das Conchas dos Liliases, divulgou-se os objetivos e a importância do estabelecimento dos corredores verdes na cidade de Lisboa, designadamente da Alta do Lumiar. De acordo com o site da Câmara Municipal de Lisboa, - “o Corredor Verde da Alta do Lumiar pretende articular esta estrutura de parques com o corredor periférico a norte, designadamente com o Jardim da Quinta de Santa Clara e com o Corredor Central para sul, em especial com a Mata de Alvalade, através do espaço verde de uso público numa faixa paralela à Rua das Murtas (em requalificação.
Para além dos espaços verdes nas cidades melhorarem a qualidade do ambiente, também podem funcionar como um “antídoto” para a tensão da vida urbana, ajudando a diminuir o stress e beneficiando a saúde física e mental. A esse respeito, dando o mote inicial à ação de formação, a instrutora de Yoga e professora Teresa Loureiro orientou alguns exercícios e práticas ao ar livre, incorporando a atenção dos nossos sentidos e atenção ambiental na nossa espiritualidade. Esses exercícios tiveram como objetivo proporcionar uma viagem de conforto emocional, proporcionando uma plena comunhão com os espaços mais naturais, no sentido de libertar a pessoa da ilusão de ser uma entidade separada, distinta da Natureza e dos outros.
Realização de exercícios e práticas de Yoga com orientação da Teresa Loureiro.
Após esses exercícios de meditação abriu-se o caminho para a descoberta e exploração de alguns segredos de biodiversidade, no qual Raúl Pedro, apaixonado pela vida natural, nos desvendou no Parque da Quinta das Conchas e dos Lilases. O Parque da Quinta das Conchas e dos Lilases constitui a terceira maior área verde de Lisboa e a existência de habitats diversificados confere a este Parque um grande valor em termos de biodiversidade, ocorrendo um número de espécies acima do habitual para os espaços verdes urbanos.
Início da caminhada pela mata do Parque da Quinta das Conchas.
Explicação da biodiversidade da mata da Quinta das Conchas por Raul Pedro.
Através de um trabalho profundo de investigação, realizado de forma amadora, durante a pandemia, Raúl Pedro difundiu o seu conhecimento do local, através da realização de um trajeto um pouco mais selvagem, pela mata, que constitui das três zonas do parque a que possui habitats de vida mais selvagem, num ambiente menos planeado e organizado comparativamente às outras zonas do Parque Quinta das Conchas e dos Lilases – a Nave Central e o Parque dos Lilases.
Numa viagem de sentidos, de emersão pela natureza, numa zona bem perto de locais densamente povoados permitiu-se desvendar a sua grande biodiversidade, mesmo sendo em ambiente urbano.
Raúl Pedro tem documentado a vida natural do Parque da Quinta das Conchas e dos Lilases, e isso, constituiu uma mais valia, que conjuntamente, com a partilha de saberes por parte dos vários participantes (alguns que têm participado continuamente nas nossas ações de formação) possibilitou que esses locais ao ar livre possam constituir-se como verdadeiros laboratórios naturais, oferecendo ao público em geral e aos vários níveis de ensino escolar, uma série de visitas e atividades que os professores podem efetuar ao ar livre de educação ambiental.
Explicação da biodiversidade Raul Pedro.
Na mata do parque da Quinta das Conchas.
A viagem pelos parques urbanos e jardins proporcionadas pelas ações de formação da LPN, embora curtas, são necessárias e ambiciosas – o de propor um diálogo de saberes para reafirmar a necessidade de geração de novas identidades mais conectadas à Natureza. Esse é um dos objetivos essenciais que procuraremos dar continuidade no futuro, através do planeamento de mais ações de formação no âmbito da geodiversidade e biodiversidade urbana, como estratégias educativas que vão ao encontro das competências explicitadas no perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória e de promoção da educação para a sustentabilidade.
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